Internacional

Aventuras e descobertas vivendo como jornalista no México, e outras histórias na editoria de O Mundo

México declara que região vive ‘emergência’ por oferta de armas

O governo do México declarou à Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH) que a ampla disponibilidade e o tráfico ilícito de armas de fogo criam “uma situação de emergência” compartilhada por vários países da região. E solicitou que o Tribunal se pronuncie sobre as atividades das empresas privadas de armamento e seus efeitos nos direitos humanos, em uma ação que poderia salvar “milhares de vidas por ano” no continente.

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Corte IDH condena Paraguai por inação em restituição de criança

Córdoba era casado com uma mulher de nacionalidade paraguaia, e ambos viviam na Argentina. Em 2004, nasceu em Buenos Aires o filho único do casal. Em janeiro de 2006, quando a criança tinha um ano e onze meses, a mãe a levou de Buenos Aires para a cidade de Atyrá, no Paraguai. Córdoba alegou que a mudança foi realizada sem sua concordância e iniciou um processo visando a restituição internacional do filho.

Vários anos depois, em maio de 2015, após uma oferta de recompensa pelo Estado argentino,

Recorde de pedidos de asilo de centro-americanos desafia o México na era Trump

CIDADE DO MÉXICO — Isaías Escobar Dubon tem 27 anos e duas casas imaginárias. Uma que ficou para trás, em Honduras, e outra que espera ter no México. Saiu forçado da cidade tida como a mais violenta do mundo, San Pedro Sula, com a mulher e as filhas, de 6 e 2 anos. O negócio familiar não resistiu às extorsões — os chamados “impostos de guerra” — de membros da gangue Mara Salvatrucha. Acabou jurado de morte. Em setembro, após uma primeira fuga frustrada, chegou a Tapachula, Chiapas, na fronteira

Revista Piauí: Sanguinários, arriba!

A indumentária lembra mais cantores sertanejos, com chapéu e botas de caubói, do que funkeiros de boné e cordões de ouro. Adicione-se o gosto pelas armas, caminhonetes e mulheres, não necessariamente nessa ordem. É assim que se toca a música da moda no norte do México, terra de tradições e fazendas, mas também de senhores das drogas. Lá, os cartéis do tráfico ditam o ritmo que atende pelo nome de “narcocorrido”, uma crônica da violência em versos.

Choque da vitória de Trump se alastra do México à Europa

CIDADE DO MÉXICO E BERLIM - O discurso do medo e da incerteza se espalhou em todo o mundo após o choque da vitória de Donald Trump. A maior comoção se deu no México, país que esteve no centro da campanha presidencial americana, com a proposta do candidato republicano de construção de um muro na fronteira e a aplicação de uma alíquota de 35% sobre as importações mexicanas, além das acusações de que os imigrantes ilegais mexicanos seriam estupradores.

O estudante Samuel Sanchéz, de 20 anos, estav

México faz questão de manter acesa chama indígena

CIDADE DO MÉXICO - Em um pequeno espaço com uma mesa comprida e algumas cadeiras, Felisa Segundo Mondragón ensina sua língua materna. “Kjimi” (“bom dia”), ela repete em mazahua, língua indígena originária do Estado do México. A sala de aula fica em um centro comunitário em Iztapalapa, a região mais populosa da Cidade do México.

Ali também se aprende popoluca e mixteco. A metrópole fundada em 1325 pelos astecas está voltando às origens. Hoje, esse caldeirão cultural de 10 milhões de habitantes v

Enrique Peña Nieto assume a presidência com promessa de paz

CIDADE DO MÉXICO - Ao receber a faixa presidencial das mãos de Felipe Calderón, neste sábado (1), na Cidade do México, Enrique Peña Nieto assumiu também o compromisso de mudar o rumo da guerra contra o narcotráfico que marcou um cotidiano violento no país nos últimos seis anos. Eleito em julho com 38,2% dos votos (no México não há segundo turno), Peña Nieto afirmou que redesenhará a estratégia de segurança adotada por Calderón. Na prática, não resta alternativa: os mexicanos estão cansados do co

O narcotráfico manda notícias

CIDADE DO MÉXICO — Com o histórico de pelo menos 80 jornalistas assassinados desde o ano 2000, a liberdade de imprensa também entrou para a lista de vítimas da violência em meio à guerra contra o crime organizado no México. Só nos últimos 15 dias, cinco repórteres foram mortos no país, e um jornal foi metralhado, anunciando que não vai mais dar notícias sobre o narcotráfico.

Em comum, os jornalistas tinham a cobertura de temas ligados à guerra das drogas, além de sinais de tortura quando seus c

Sequestro leva México a aumentar proteção a migrantes ilegais; tráfico rende US$ 6,6 bi ao ano

TULTITLÁN, México - Desde que deixou Honduras, há uns 20 dias, numa travessia de risco até os Estados Unidos, Carlos Hinestrosa, de 22 anos, tenta passar despercebido pelos 4.300 quilômetros que separam as fronteiras sul e norte do México. Por duas vezes, ele já teve que fugir dos agentes de imigração. Em outra, ele e alguns companheiros que viajavam de trem se armaram com pedras e paus para impedir a subida de mais pessoas. Havia um rumor de que integrantes do crime organizado entrariam para se

O renascer dos maias

CIDADE DO MÉXICO - Para aqueles que acreditam em profecias apocalípticas, falta pouco para o fim do mundo. Em 21 de dezembro de 2012, segundo uma suposta previsão maia, ocorreria a extinção de tudo o que conhecemos. A comunidade científica torce o nariz para o presságio catastrófico e vê o calendário de outra forma: a data é uma chance de esclarecer este e outros mitos sobre os maias, um povo pré-hispânico de notável conhecimento sobre astronomia e matemática, mais preocupado em sobreviver ao lo

Moradores vivem sob 'terror psicológico' na fronteira venezuelana

SÃO PAULO — Se Pacaraima, em Roraima, é o centro da crise no lado brasileiro da fronteira, o município de Santa Elena transformou-se no epicentro de tensão em território venezuelano desde que o governo de Nicolás Maduro fechou o posto fronteiriço, na última quinta-feira. É nessa cidade do estado de Bolívar, no Sul da Venezuela, que está o irmão de Alba González. Em janeiro, ela conseguiu chegar com a mãe e dois filhos a Campinas, em São Paulo. Mas diz temer pela segurança do irmão e duas tias qu

Refugiados viram professores em curso de idiomas no Rio

RIO - Um jovem sírio escreve no quadro 28 letras incompreensíveis para um ocidental leigo. Explica que em árabe não existe som de "p", e que aquela escrita, feita da direita para a esquerda, é muito antiga. Na sala ao lado, um venezuelano ensina quando usar "usted" (senhor) ou "tú" (tu) para se dirigir a alguém em espanhol. E sugere aulas de arte pré-colombina ou salsa para imergir na cultura latina. São muitas línguas num mesmo ambiente: Hadi Bakkour e Gustavo Martínez são professores num curso
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Jornalista multimídia/ Tradutora e intérprete de espanhol